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Palestra de Giorgio Agambem na Universidade Nacional San Martin- Argentina

Com motivo do lançamento em espanhol do livro PROFANACIONES, o filosofo italiano Giorgio Agamben esteve na UNSAM discutindo alguns dos seus postulados (Veja o vídeo em baixo).

  A POTÊNCIA DO NÃO, conceito retomado pelo filosofo italiano de Aristóteles, é o eixo articulador dos diversos tópicos com os quais Agamben consolida a sua obra, abordando temas como a práxis, a estética, a filosofia política e demais.  Dentre estas matérias discutidas na palestra de Agamben surge, no final da sua intervenção, um ponto polêmico com respeito ao MOVIMENTO –entenda-se, principalmente, como movimento político-.

  Agamben, fazendo uma genealogia do conceito, estabelece que a primeira definição que é dada ao termo MOVIMENTO se encontra no texto: Tempo, Movimento e Povo. A Tripartição da Unidade Política do Jurista nazista CARL SCHMITT. Para Schmitt, retoma Agamben, o MOVIMENTO seria o elemento político/ dinâmico real com respeito ao estado –ou elemento estático-  e ao povo –ou elemento impolítico-.  O povo, porem, tornar-se-ia no espaço onde o movimento emergirá como elemento político decisivo por quanto este é o devir impolítico do povo. E dizer que, a transformação do povo em população –biopolitica- esta dada pelo movimento uma vez este se encarrega, ou se designa a si mesmo, como protetor do elemento impolítico. Para Agamben o uso constante do termo MOVIMENTO por setores de esquerda sem ter em conta uma definição precisa faz com que se gere uma zona de indistinção entre estes sectores e o fascismo, uma vez que a emergência do MOVIMENTO como elemento político sobre o corpo impolítico, e dizer a biopolitica, da-se por meio da censura interna do corpo biopolitico– a criação do inimigo interno. (pode se ler mais ao respeito no artigo de Agambem: movimento, clicando no link em baixo).

Agmaben, Giorgio, Movimiento.

O Grupo de Estudos em Antropologia Crítica é um coletivo independente que atua na criação de espaços de auto-formação e invenção teórico-metodológica. Constituído em 2011, o GEAC se propõe, basicamente, a praticar “marxismos com antropologias”. Isto significa desenvolver meios para refletir, de maneira situada, sobre os devires radicais da conflitividade social contemporânea. Delirada pelo marxismo, a antropologia se transforma, para o GEAC, numa prática de pesquisa e acompanhamento político das alteridades rebeldes que transbordam e transgridem a pretensão totalitária do modo de produção vigente e da sua parafernália institucional.

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