O que sustenta a fronteira disciplinar? Como o extrativismo cognitivo pacifica a nós mesmos e aos outros? A ética ativista pode interromper o ethos liberal da academia? Protagonismo estudantil e devir revolucionário da Universidade.
(O relato da roda de conversa já está disponível no blog do GEAC. Para lê-lo, clique aqui)
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Quando as/os estudantes resolvem fazer democracia na prática, algo muda dramaticamente nas instituições que eles habitam e tensões políticas decisivas vêm à tona. Os protocolos convencionais e os dispositivos disciplinares são atacados de frente. Contudo, enquanto a rebelião não é finalmente exercida, cada disciplina acadêmica procura garantir a paz institucional recorrendo às suas próprias tecnologias de disciplinamento.
Partindo de nossa experiência de institucionalização, propomos um diálogo sobre as tecnologias de disciplinamento que contribuem para a pacificação das relações e para a imposição de um ethos liberal nas instituições acadêmicas. Não nos restringiremos, contudo, ao diagnóstico dos mecanismos que obstruem o “devir massa” da universidade. O processo de ocupação das instituições de ensino superior em todo o país será uma oportunidade para identificar e enunciar coletivamente outras éticas cuja expressão prática tende a interromper a maquinária disciplinar, convidando-nos a imaginar outras formas de pesquisa social e engajamento intelectual.
Desenvolveremos nossa intervenção em torno das seguintes questões: O que sustenta a fronteira disciplinar? Como o extrativismo cognitivo pacifica a nós mesmos e aos outros? A ética ativista pode interromper o ethos liberal da academia? Protagonismo estudantil e devir revolucionário da Universidade.
Esperamos vocês na sala Multimeios do IFCH – UFRGS ocupado, às 16h30min de quarta-feira, dia 9 de novembro.
Sobre o Grupo de Estudos em Antropologia Crítica – GEAC
O GEAC foi criado em 2011 para problematizar o uso de determinados conceitos que transversalizam a reflexão marxista e a antropologia crítica. No marco deste espaço de debate e ação nos propusemos a discutir a posição política do/da antropológo/antropóloga junto aos atores com os quais atua. Nos últimos cinco anos viemos promovendo atividades de auto-formação teórica e metodológica em torno dos seguintes eixos temáticos: classe, raça, gênero e papel social do/da antropólogo/antropóloga; epistemologias do sul e os paradigmas eurocentrados (Marx e Foucault); antropologias dissidentes (Projeto Cartografias da dissidência); enunciado antropológico crítico. Em 2014, alguns membros do GEAC se somaram a um coletivo mais amplo que deu origem ao Instituto de Experimentação e Pesquisa Social “Outras Margens”. Recentemente o instituto realizou um encontro no qual foram debatidas as expressões atuais e os novos aportes metodológicos para a pesquisa militante no Cone-sul.
#OCUPAIFCH #OCUPATUDO
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