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Uma interpelação feminista indígena à “Virada Ontológica”: “ontologia” é só outro nome para colonialismo

Por Zoe Todd

Como pode ser tão simples usar cosmologias e sistemas de conhecimento indígenas em uma chamada nova “virada” intelectual, ao mesmo tempo em que se ignora as realidades contemporâneas dos povos indígenas que se relacionam com estados-nação coloniais, assim como ignora-se os muitos pensadores indígenas que estão eles próprios escrevendo sobre estas mesmas questões?

Traduzir textos, tanto como escrevê-los, é uma maneira de introduzir e fomentar aqueles debates que nos parecem pertinentes. An Indigenous Feminist’s take on the Ontological Turn: ‘ontology’ is just another word for colonialism (Uma interpelação feminista indígena à “Virada Ontológica”: “ontologia” é só outro nome para colonialismo), publicado por Zoe Todd em seu blog, introduz uma série de preocupações a respeito da “virada ontológica” que dialogam com outras discussões desenvolvidas no blog do coletivo Máquina Crísica. Ver, por exemplo: Graeber, Viveiros de Castro e o necessário fim da política antropológica; Podemos pensar a política politicamente: Bruno Latour versus Sylvain Lazarus; Bruno Latour e o ‘afirmacionismo’ contemporâneo; O discreto charme de Bruno Latour; Mais além de Latour, de volta a HegelAlteridade radical é só outra forma de dizer “realidade”Viveiros, indisciplina-te!Afinal, como Viveiros vive a política?; A antropologia ontológica e a postergação da crítica.

Para ler o texto em seu idioma original, clique aqui.

* * *

Mudanças de paradigmas pessoais podem significar uma pequena armadilha para você. Tudo começou, de forma bastante inocente, com uma viagem a Edimburgo (Escócia) em fevereiro de 2013 para ver o grande Bruno Latour discutir seu mais recente trabalho. Eu estava zonza de tanta emoção: uma palestra do Grande Latour, ao vivo e a cores! Em sua palestra, nesta noite de fevereiro, ele abordou e discutiu o clima enquanto uma “preocupação cosmopolítica comum” (´common cosmopolitical concern´). Interessante – eu pensei – isso é terrivelmente parecido aos fragmentos de pensamento cosmológico que pude aprender com alguns amigos Inuit (amigos que me ensinaram que o clima é um conceito organizador incrivelmente importante para muitos atores). Eu esperei, durante toda a palestra, que o Grande Latour desse os créditos aos pensadores indígenas pelos milhares de anos em que estiveram envolvidos com ambientes sensíveis (sentient environments), com cosmologias que enredam as pessoas em relações complexas entre si e em todas as relações, e com climas e ambientes enquanto pontos importantes de organização e ação.

Isto não aconteceu. Ele não mencionou Inuit. Ou Anishinaabe. Ou Nehiyawak. Ou quaisquer pensadores indígenas. Na verdade, ele passou um bom tempo dialogando com um pensador escocês, morto há muito tempo. E com Gaia.

Eu me retirei da palestra antes que as perguntas do público finalizassem. Estava com uma péssima impressão. Mais uma vez – eu pensei, com uma sensação de vazio no meu peito – ficava demonstrado que o assim chamado Giro Ontológico e os discursos sobre como organizar-nos em torno de e comunicados com os elementos constitutivos de mundos complexos e contestados (ou multiversos, para tornar breve o assunto) promoviam a si mesmos debruçando-se sobre as costas de pensadores não-europeus. E, mais uma vez, aqueles aos quais creditamos pelas incríveis ideias sobre o “mais que humano” (more-than-human), sensibilidade, agência e sobre as formas como imaginar nossas “preocupações cosmopolíticas comuns” não são as pessoas que construíram e mantêm os sistemas de conhecimento que os antropólogos e filósofos norteamericanos e europeus vêm estudando há mais de cem anos e sobre os quais predicam suas “sacadas” ontológicas atuais (ou reimaginam a disciplina). Não. Estamos, neste caso, celebrando e reverenciando um pensador europeu por “descobrir” o que muitos outros pensadores indígenas poderiam ter-lhe dito há milênios. O clima é sensível a uma força organizadora comum!

Então, outra vez, eu era apenas outro corpo indígena inconveniente em um recinto cheio de pessoas animadíssimas para ver um cara branco falar sobre temas comuns no pensamento Indígena sem dar os devidos créditos aos próprios Indígenas. Isto soa familiar – pensei.

Enquanto mulher indígena busquei ao longo dos últimos anos pensadores que se engajassem com o pensamento indígena de forma respeitosa. Que dessem crédito total às leis indígenas, suas histórias e epistemologias. Que citassem e referenciassem os povos indígenas, antes que os antropólogos que os estudaram 80 anos atrás. Encontrá-los nem sempre é fácil. Por isso sou muito grata a estudiosos como David Anderson, Julie Cruikshank e Ann Fienup-Riordan, entre outros, por me deixarem esperançosa em meio ao desespero de sentir que a “Virada Ontológica” veio tomando conta de ambos os lados do Atlântico. Sou muito grata também aos pensadores indígenas que enfrentam a academia, que se posicionaram para falar contra o Império apesar de todo o racismo oculto/polido e do patriarcado e se propuseram a confrontar isto –a supremacia branca – na Universidade.

A academia euro-ocidental é colonial. Ela posiciona pessoas que falam sobre povos indígenas acima de pessoas que dialogam com indígenas em pé de igualdade ou acima daqueles que SÃO indígenas. (Basta contar o número de estudantes indígenas e não-indígenas na academia europeia e é possível verificar que há mais pessoas falando sobre questões indígenas que pessoas indígenas falando sobre seus próprios problemas). Como estudiosos dentro de uma tradição euro-ocidental, há uma série de autores não-indígenas aos quais devemos recorrer quase instintivamente quando queremos discutir o “mais que humano”, ambientes sensíveis, múltiplas ontologias/epistemologias ou aprendizagem experiencial (experiential learning). Há muitas razões para isso. Mas eu penso que os estudantes europeus se beneficiaram muito se lessem mais sobre Teoria Crítica e racismo (Critical Race theory), interseccionalidade e estudassem o crescente número de críticas ao privilégio dado à filosofia e ao pensamento europeu e como tal privilégio silencia vozes não brancas dentro e fora da academia. O filósofo Eugene Sun Park, por exemplo, escreveu uma crítica mordaz à reticência dos departamentos de Filosofia nos Estados Unidos em aceitar o pensamento não europeu como “razoável”. Eu diria que muitos dos problemas que ele identifica na filosofia euro-ocidental são os mesmos problemas que eu experimentei na academia antropológica europeia, apesar dos esforços da para descolonizar e reencaminhar o campo, durante a “virada reflexiva” dos anos 1970 em diante.

Como uma feminista indígena, penso que já é hora de encararmos a “Virada Ontológica”, e a academia europeia de maneira geral, de cabeça erguida. Para alcançar este objetivo, quero indicar alguns pensadores indígenas que vêm escrevendo há décadas sobre teoria legal Indígena, relações humanos-animais e múltiplas ontologias/epistemologias. Considerem os links ao final do texto (ver links no texto original) como algumas dicas sobre o que citar ou buscar em relação ao tema – para aqueles que se sentem insatisfeitos com o atual discurso eurocêntrico (e branco e, frequentemente, masculino) presente nas nossas disciplinas, departamentos, conferências e periódicos.

Minha experiência enquanto uma mulher Métis das pradarias do Canadá que atualmente trabalha no Reino Unido é obviamente limitada ao pouco que conheço. Eu posso apenas indicar os pensadores que encontrei ou escutei pessoalmente, cujos textos e apresentações me comoveram, que mudaram alguns paradigmas em mim, uma pessoa indígena caminhando pelos corredores hostis da academia. Não posso, nem devo falar em nome de pensadores indígenas de outras partes do mundo. Mas eu posso garantir que há uma miríade de vozes em cada continente sendo ignorada em favor das “grandes esperanças brancas” as quais atualmente damos atenção quando discutimos questões ontológicas. (Eu me refiro à ontologia enquanto antropóloga é claro. Peço calma aos filósofos que considerem insuficiente minha análise sobre o “ontológico”. Podemos discutir este tema em profundidade em outro momento).

Mas o que importa tudo isso? Porque eu estou tão indignada por constatar que (alguns) pensadores europeus estão explorando o pensamento indígena aparentemente sem remorso? Ora, é apenas uma questão de colonialismo… Enquanto a academia europeia tende a discutir o “pós-colonial”, eu garanto a vocês que no Canadá o que estamos firmemente experimentando é um contexto colonial (ver Pinkoski 2008, para uma discussão do tema na antropologia). Em 2009, nosso Primeiro Ministro Stephen Harper declarou com notoriedade que o Canadá não tinha “história colonial”. E, no entanto, lutamos com o fato de que, entre mulheres indígenas, as taxas de violência são muito mais elevadas que entre mulheres não-indígenas (1200 mulheres indígenas foram assassinadas ou desapareceram apenas nos últimos quarenta anos, provocando alertas da ONU e de outros organismos para que o nosso governo enfrente essa horrível realidade). O primeiro Primeiro Ministro do Canadá, o orgulhoso escocês John A. MacDonald (me recuso a usar a denominação “Sir”), é famoso por sua intenção de “matar o Índio que havia na criança” através de seu projeto de escolas residenciais. O Canadá só agora está percebendo que através de coisas como as escolas residenciais e a lei profundamente racista – e ainda vigente – Indian Act foi forjada a nação. Ou seja, o Canadá foi construído sobre genocídio e espoliação. Dadas as fortes raízes britânicas presentes no Canadá pode-se imaginar o quão desconfortável isso é e quanta dissimulação e desacordo cria para aqueles que viveram até então alegremente ignorantes destas violências. Mas pergunte a qualquer pessoa Indígena, e você ouvirá que ninguém de qualquer nação indígena nunca viveu sob a fantasia de que o Canadá é pós-colonial. Ou benevolente. Muito menos fingimos que o Império Britânico nos impregnou apenas com belos, felizes e amorosos legados. Com toda sua polidez excessiva, o domínio colonial britânico dilacerou e fragmentou nações indígenas soberanas transformando-as no que hoje é o Canadá, e ainda que o Império da rainha Vitória já não exista mais, as instituições britânicas (incluindo a Universidade) seguem beneficiando-se deste momento colonial. Nós estamos enredados, de um lado e de outro do Atlântico, em legados coloniais que seguem vigentes. E, a fim de desmantelar estes legados, devemos enfrentar de cabeça erguida nossa cumplicidade em relação a eles.

Da mesma forma, com a onda do recurso ao Pós-colonial, muitos pensadores europeus parecem ter absolvido a si mesmos de qualquer implicação com as realidades coloniais em curso em todo o globo. E, no entanto, cada um de nós é parte de sistemas que sustentam a exploração e a espoliação de povos indígenas. A academia desempenha um papel fundamental na construção das narrativas que apagam a violência colonial vigente atualmente. Minha experiência na Grã-Bretanha tem sido incrivelmente esclarecedora quanto a isso: a maioria dos britânicos reconhece que a sua responsabilidade e implicação no colonialismo na América do Norte terminou com a Guerra de Independência (nos EUA) ou com a repatriação da Constituição canadense (em 1982).

No entanto, ainda é tão simples desenhar linhas arbitrárias seccionando o sofrimento e o trauma colonial intergeracional com o fim de absolver a academia e a alma europeia de qualquer culpa no genocídio de povos indígenas (isto se e quando os atores europeus e norte-americanos estiverem dispostos a admitir que se trata de um genocídio)? E, logo em seguida, dar as costas e usar cosmologias e sistemas de conhecimento indígenas em uma chamada nova “virada” intelectual, ao mesmo tempo que se ignora as realidades contemporâneas dos povos indígenas que se relacionam com estados-nação coloniais, assim como ignora-se os muitos pensadores indígenas que estão eles próprios escrevendo sobre estas mesmas questões? É intelectual ou eticamente responsável e honesto fingir que a sociedade europeia não segue oprimindo as sociedades indígenas em certas partes do mundo?

Zygmunt Bauman (1989) encara a sociologia por seu papel na tarefa de narrar o Holocausto e por seu papel de apagar a nossa culpa coletiva quanto à possibilidade de um futuro Holocausto. Ele argumenta que, ao enquadrar o Holocausto alternadamente como: a) uma atrocidade inédita e única que nunca mais se repetirá (“um fracasso da modernidade”) ou b) um resultado inevitável da modernidade, a sociologia permite à humanidade ignorar sua contínua e presente cumplicidade com as condições que criaram os horrores do Holocausto. A retórica do pós-colonial é igualmente complacente: absolve a atual geração de pensadores, políticos, advogados e especialistas em política de seu dever de reconhecer o que veio antes, e, assim, seguindo as ideias de Bauman, admitir a possibilidade do que poderia acontecer novamente – de que dentro de todas as sociedades se escondem as “duas faces” da humanidade que podem facilitar ou reprimir o sofrimento e a exploração humana sistêmicos e calculados. Mas a realidade é, como afirma Bauman, que a humanidade é responsável por todas estas atrocidades. E a humanidade deve estar disposta a enfrentar a si mesma, a reconhecer o seu papel nestes horrores, a fim de garantir que nunca trilharemos o caminho de tal destruição novamente.

Levo a sério as palavras de Bauman, e convido meus colegas não-indígenas a considerarem seu papel na opressão colonial aos povos indígenas que continua vigente. O momento colonial não terminou. As condições que o promoveram não desapareceram de repente. Falamos hoje em dia de neocolonialismo e neoimperialismo como se estes processos estivessem muito distantes de nós (atualmente essas acusações são muitas vezes dirigidas com aguda suspeita contra os países do BRIC, como se os membros do G8 não tivessem recentemente colonizado o mundo por meio de políticas econômicas neoliberais). A realidade é que na maioria das vezes estamos muito próximos de uma invasão ou de uma política econômica de recolonização – que podem se efetivar a qualquer momento. Por isso é tão importante pensar profundamente sobre como a “virada ontológica” – com seus “conceitos” de tirar o fôlego de que os animais, o clima, a água, os ‘ambientes’ e as presenças não-humanas como os ancestrais e os espíritos são sensíveis e possuem agência, que “natureza” e “cultura”, “humano” e “animal” podem ​​não estar tão separados afinal –  está ela própria perpetuando a exploração dos povos indígenas. Parafraseando um colega que admiro profundamente, Caleb Behn: primeiro vieram em busca da terra, da água, da madeira, das peles, dos corpos, do ouro. Agora eles vêm armados com formulários de consentimento e promessas débeis de colaboração para tomar nossas leis, nossas histórias, nossas filosofias. Isso se eles se preocupam em fingir que se importam o bastante para fazer tanto – muitos simplesmente ignoram completamente os povos indígenas, suas leis e epistemologias e reinventam o “mais-que-humano” com apenas um aceno educado para com os grupos Indígenas ou nações.

Um dos pontos que estou abordando na minha tese, informada pelo trabalho de teóricos jurídicos indígenas como John Borrows, Kahente Horn-Miller, Tracey Lindberg, e Val Napoleon, é o de que o pensamento indígena não se refere apenas a relações sociais e anedotas filosóficas como muitas etnografias sugerem. Esses estudiosos já mostraram que as epistemologias e ontologias Indígenas representam ordens jurídicas, ordens legais a partir das quais os povos indígenas de todo o mundo empreendem sua luta por autodeterminação e soberania. A despossessão, resultado de séculos de intermitentes e caóticas invasões coloniais, e a imposição de leis e línguas europeias seguem acontecendo. Este processo não terminou com o repatriamento de cartas constitucionais ou com a independência em relação ao domínio colonial. A Europa ainda está implicada naquilo que operou durante os séculos de exploração colonial. Quer se goste disto ou não.

Meu ponto aqui é que os povos indígenas, em todo o mundo, estão lutando por reconhecimento. Lutando para fazer valer suas leis, filosofias e histórias em seus próprios termos. E quando antropólogos e outros grupos de cientistas sociais ziguezagueiam sobre o pensamento indígena e começam a pinçar dele apenas as partes que lhes agradam, sem se envolver diretamente na (ou reconhecendo de forma inequívoca a) situação política, na agência e na relacionalidade de ambos (povos indígenas e estudiosos), nós imediatamente nos tornamos cúmplices da situação de violência colonial. Quando citamos pensadores europeus que discutem o “mais-que-humano”, mas não debatemos com seus contemporâneos indígenas que estão escrevendo sobre exatamente os mesmos temas, nós perpetuamos a supremacia branca da academia.

Então, a cada vez que você quiser citar um Grande Pensador que está em voga nos circuitos públicos de fala atualmente, considere garimpar um pouco em busca de outros autores que estão discutindo os mesmos temas de formas diferentes. Descolonizar a academia, tanto na Europa quanto na América do Norte, significa que devemos considerar nossos próprios preconceitos e nossas próprias predisposições. Dinâmicas como a “revisão dos pares” e a violência sutil das academias europeias tendem a privilegiar certas vozes e silenciar outras. Considere por que, como o filósofo canadense Cato Taylor aponta nesta entrevista com Karen Campos, a partir de 2011 não havia nenhum professor de filosofia negro em todo o Reino Unido. Considere por que não há problema em discutir climas sensíveis em uma palestra em Edimburgo sem uma mínima menção às epistemologias indígenas e sem que ninguém no recinto questione abertamente isso. E então, considere se familiarizar com os pensadores Indígenas (e outros mais!) que estou indicando abaixo e, assim, ampliar o espectro do que você cita e de quem você considera como ‘bem informado’.

Obrigada! Hiy-hiy

Zoe Todd (Métis) é doutoranda em Antropologia Social na Universidade de Aberdeen, na Escócia. Ela investiga as relações homem-peixe na comunidade de Paulatuuq na Região de Assentamento Inuvialuit, Territórios do Noroeste, Canadá. 

O Grupo de Estudos em Antropologia Crítica é um coletivo independente que atua na criação de espaços de auto-formação e invenção teórico-metodológica. Constituído em 2011, o GEAC se propõe, basicamente, a praticar “marxismos com antropologias”. Isto significa desenvolver meios para refletir, de maneira situada, sobre os devires radicais da conflitividade social contemporânea. Delirada pelo marxismo, a antropologia se transforma, para o GEAC, numa prática de pesquisa e acompanhamento político das alteridades rebeldes que transbordam e transgridem a pretensão totalitária do modo de produção vigente e da sua parafernália institucional.

3 comments on “Uma interpelação feminista indígena à “Virada Ontológica”: “ontologia” é só outro nome para colonialismo

  1. Prof. João Batista do Nascimento

    laced.etc.br/site/acervo/livros/intelectuais-indigenas-e-a-construcao-da-universidade-plurietnica-no-brasil

  2. Olha fiquei bastante curiosa sobre o Canadá e como se dá essa noção de uma autoidentificação indígena, ou mesmo mestiço enquanto indígena, o que no Brasil é completamente diferente. Achei bem legal o texto, mas acredito que o parágrafo de chamada, que fala que a crítica dela é baseada em uma crítica a cosmopolítica pq é necessário falar das relações estado-indígenas, não senti bem isso no texto, acho que a complexidade dele é para além disso e nesse sentido o texto pode ser bem mais frutífero.

  3. Pingback: SOBRE RAZOABILIDADE | investigações indigenas

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